sábado, 28 de março de 2009

Obsessão pelo gol explica rendimento do melhor ataque do país

É a obsessão pelo gol que faz do Inter o melhor ataque do Brasil inteiro neste início de 2009. Em 18 jogos, o time já marcou 49 vezes. São quatro a mais do que o Sport, o segundo colocado. A marca pode ser melhorada hoje, às 16h, contra o Juventude, em Caxias do Sul.– Estamos despertando nos nossos jogadores a vontade de fazer gols. E olha que nem temos tempo para realizar todos os trabalhos específicos de que gostaríamos – afirma o auxiliar técnico Cléber Xavier.– A ideia da finalização está na cabeça deles – confirma Tite.Os jogadores aprovam as orientações. Até mesmo aqueles cuja carreira não havia sido marcada, até agora, pelo desejo de marcar descobriram o prazer do gol. É o caso de Andrezinho, seis gols neste ano.– Antes, tinha mais prazer em ver o companheiro fazer o gol. Gostava de ser garçom. Tite me ensinou que é preciso ter gana de fazer gol – conta.No momento, o ataque é que sustenta a alta média de gols. Os últimos 11 foram todos de jogadores de frente. Até Walter, escalado apenas nos minutos finais contra o Novo Hamburgo, deu sua contribuição. Alecsandro, também reserva, já fez quatro.Goleador do Gauchão, com 14 gols, Taison é quem melhor tem tirado proveito das recomendações da comissão técnica de arriscar o chute, mesmo quando o espaço for mínimo.Faz trabalhos específicos desde novembro, quando foi constatada sua deficiência nos chutes. Sua maior vitória, no entanto, foi controlar a ansiedade na hora do arremate.Taison diz que aprendeu a respirar fundo antes de concluir gol. Ele só pede que o vice de futebol, Fernando Carvalho, não aumente a meta estabelecida em janeiro, de 20 gols em 2009.Os zagueiros brincam e se dizem privilegiados porque só precisam marcar os companheiros em treinos. Com passagem pelos espanhóis Las Palmas, Zaragoza e Levante, Álvaro garante que a dupla Taison e Nilmar está no mesmo nível das que atuam na Europa.– Joguei contra Eto’o e Messi, do Barcelona. O primeiro dava um tapa na bola e disparava. O segundo tem muita velocidade com a bola no pé. Eram tão difíceis de marcar quanto Taison e Nilmar – compara.


Leo Soares
clickrbs

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