O diagnóstico é do capitão Tcheco. Está virando trauma. Quando o primeiro gol é perdido e o segundo também, instala-se princípio de pânico. Mesmo contra times inofensivos, caso do Aurora. Assim, está criado um componente psicológico para o Grêmio na Libertadores. Que precisa ser resolvido já.O próprio presidente Duda Kroeff queixou-se do sofrimento a que os torcedores são submetidos quando o time se complica devido às chances desperdiçadas. Tcheco adotou o gol do Aurora na quarta-feira como exemplo emblemático. Mesmo superior no jogo, o gol de Paredes travou o time e quase pôs tudo a perder.– Não adianta falar que não afetou. Na hora do gol, passou o filme na cabeça: “Será que vai acontecer de novo?” É como um trauma – afirmou Tcheco.O capitão entende que, de imediato, não chega a ser grave. A vaga nas oitavas-de-final está encaminhada. Só que, mais adiante, se o trauma dos gols perdidos prosseguir, o problema pode significar eliminação. Contra Boca, São Paulo ou Cruzeiro, chances diante do goleiro são raras.– Meu receio é o rótulo. É uma situação repetitiva. Daqui a pouco o Grêmio fica marcado como o time dos gols perdidos – afirmou Tcheco.Logo após o jogo, ainda no aeroporto de Cochabamba, antes do regresso a Santa Cruz de la Sierra, de onde o Grêmio partiu rumo a Porto Alegre, algumas cenas indicavam que o tema ganhou contornos de drama. Alex Mineiro estava chateado. Era visível na sua expressão. Tanto que Ruy caminhou até ele e beijou-lhe a careca. Depois, o abraçou. Em seguida, Fábio Santos se uniu à dupla, formando bonita cena de solidariedade. Celso Roth aproximou-se. Conversaram, Alex Mineiro assentiu, e o técnico se afastou.A ansiedade do grupo para que os atacantes façam mais gols é visível. Jonas, ao festejar o seu gol na Bolívia, correu na direção de Alex Mineiro e apontou-lhe o dedo, para evidenciar de quem havia partido o passe.– Ninguém tem cadeira cativa no time, mas o Alex é importante para nós. Foi um dos goleadores do último Brasileirão – afirmou Roth.
Leo Soares
(informações clickRbs)
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